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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Parábola Japonesa



    "Nan-In, um mestre japonês durante a era Meiji (1868-1912), recebeu um professor de universidade que veio lhe inquirir sobre a sabedoria. O professor iniciou um longo discurso intelectual sobre suas dúvidas. Nan-In, enquanto isso, serviu o chá. Ele foi enchenco a xícara a medida que o professor ia falando até que encheu completamente a xícara de seu visitante e continuou a enchê-la, derramando chá pela borda.
  O professor, vendo o excesso se derramando, não pode mais se conter e disse:
    "Está muito cheio. Não cabe mais chá!"
    "Como esta xícara," Nan-in disse, "você está cheio de suas próprias opiniões e especulações. Como posso eu lhe ensinar sem você primeiro esvaziar sua xícara?"






Analise sobre a parábola:

É preciso esvaziar a si mesmo, para que seja possível ver sem estar tomado do julgamento dos velhos olhos, da velha percepção. Quando se está vazio, se esta aberto para aprender sem pré-julgar.
Para haver novas possibilidades, opções, sentimentos, escolhas, visões, entendimentos, tem de estar vazio de velhas concepções.
Atualmente as pessoas que tem a xícara cheia não percebem que transbordam como numa válvula de escape, porem tornam a encher com o mesmo conteúdo. O erro de repetir.

Gratidão


Gratidão é ser grato, estar grato, agradecer, mas como agradecer?  Por atos? Agradecer pela fala? Pela colheita do ensinamento?



Recife, Pernambuco, Dia 10 de Janeiro de 2000
Estava de férias em Recife hospedado na casa de uma tia. Um certo dia na hora do almoço um dos meus primos mais velhos me chamou e pediu para que eu esperasse junto com ele durante 10 minutos para ai sim sentar a mesa e comer. Foi uma tortura, um sofrimento ver as pessoas comendo e eu esperando, eu era sempre o primeiro a me sentar a mesa, sempre faminto e ansioso. Se não me falha a memória fizemos isso durante uma semana.
Eu tinha 11 anos, tenho certeza que a curto prazo eu não aprendi nada, era muito menino ainda e só pensava em comer, ficava contando os segundos para poder devorar a comida.
A longo prazo aprendi a ser mais paciente para obter, alcançar meus objetivos, mas acima disso aprendi que eu posso ser diferente de mim mesmo e dos outros, basta que eu faça mudanças e escolhas.
Até hoje eu uso o que aprendi naqueles dias.